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Atualidades XXX (2018) – Diminuição do desmatamento da Mata Atlântica

(Excerto 1, texto único – Folha de são paulo, 25 de maio de 2018)

Desmatamento da mata atlântica é o menor desde 1985, diz levantamento 

Três décadas atrás, a perda média por ano da floresta era quase dez vezes maior do que a atual

 

A derrubada de florestas na mata atlântica durante o ano passado foi a menor registrada desde os anos 1980, quando começou a monitoração sistemática das ameaças ao bioma.

Em 2017, o ambiente que predominava em todo o litoral brasileiro quando os portugueses aportaram aqui perdeu 12,56 mil hectares de cobertura florestal. Três décadas atrás, a perda média anual da floresta era quase dez vezes maior.

Em dois terços dos estados brasileiros onde a mata atlântica ocorre, houve redução do desmatamento no último ano, inclusive nos quatro estados que ainda desmatam mais (Bahia, Minas Gerais, Paraná e Piauí). Outros sete estados atingiram um nível considerado de “desmatamento zero”, com perda de área florestal igual ou inferior a cem hectares. Entre eles está São Paulo.

O levantamento dos dados de satélite sobre o desmate foi coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, também responsável pelo monitoramento oficial do desflorestamento na Amazônia).

Apesar do registro comparativamente positivo, não se pode dizer que há uma tendência de queda consolidada do desmatamento no bioma, afirma Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica. Os dados desta década por enquanto incluem várias oscilações – de 2015 a 2016, por exemplo, a taxa foi quase o triplo da do último período.

 

(Mapas e gráficos – Folha de são Paulo, 25 de maio de 2018)

 

Questão 1

Relacione as informações do excerto 1 com as dos gráficos e mapas acima e assinale a alternativa ERRADA.

a) Levando em conta os levantamentos da série histórica, podemos afirmar que a redução mais drástica de desmatamento na Mata Atlântica se deu na passagem do século XX para o XXI.

b) Em comparação com os dados do início da monitoração sistemática (1985/1986), o desmatamento entre 2016 e 2017 foi quase dez vezes menor. Nos estados que mais desmatam (Minas Gerais, Bahia e Paraná), a redução de desmatamento no ano passado chegou a ser superior a 50%.

c) É errado afirmar que a redução do ano passado expressa uma tendência consolidada, uma vez que a taxa de desmatamento registrada no período imediatamente anterior foi mais do que o dobro da de 2017.

d) No ano passado, alguns estados do Sudeste (como SP, RJ e ES) e do Nordeste (como CE, PB e RN) apresentaram um desmatamento quase nulo – igual ou menor a cem hectares.

e) Podemos afirmar que no ano de 2017 houve redução em todos os estados onde a Mata Atlântica existe, inclusive naqueles que ainda desmatam mais.

 

(excerto 2, texto único – folha de são Paulo, 25 de maio de 2018)

“De qualquer maneira, o dado serve para continuarmos cobrando o compromisso das autoridades para que ele se torne de fato uma tendência. A mata atlântica é o único bioma que tem uma lei específica para protegê-lo, então temos de exigir desmatamento ilegal zero”, diz ela. Uma hipótese natural para explicar a queda mais recente é a lentidão da economia brasileira, que diminuiria os atrativos de desmatar para a agricultura ou para a especulação imobiliária, mas esses mesmos fatores já estavam em ação alguns anos atrás.

Um conjunto de características faz com que a mata atlântica seja objeto de cuidado especial. Ela combina grande diversidade de animais e plantas, alto grau de endemismos (ou seja, espécies que só existem em suas matas, e em nenhum outro lugar do mundo) e impacto humano muito forte, já que 70% da população brasileira hoje vive em áreas em que predomina o bioma.

Estima-se que apenas 12,4% da cobertura florestal original da mata ainda esteja de pé, e boa parte desse total corresponde a áreas muito fragmentadas – pedaços de floresta com poucos hectares em propriedades particulares. Por isso, além da necessidade de zerar o desmatamento, muitos projetos buscam arquitetar corredores ecológicos que conectem os fragmentos de mata e permitam que animais possam transitar entre eles, em busca de parceiros, habitat e alimentos.

A medição periódica do desmate por satélite também tem mostrado que algumas áreas concentram de forma recorrente o grosso da devastação. São regiões como o sul da Bahia, o noroeste de Minas Gerais e o centro-sul do Paraná, por exemplo.

“Nesses estados mais críticos, a gente sabe há anos o que está acontecendo. Em Minas, por exemplo, a questão principal é a produção de carvão e a substituição da mata nativa pelo plantio de eucalipto”, explica Marcia. “Com isso, fica claro onde a Polícia Ambiental deve agir para controlar essa tendência.”

A proximidade dos remanescentes da mata atlântica em relação aos principais centros urbanos do país significa que os chamados serviços ambientais da floresta – seu papel na polinização de lavouras, purificação de água para consumo humano e qualidade do solo, por exemplo – são importantes para a maior parte da população brasileira. Por isso, governos

estaduais e municipais têm começado a implantar sistemas de compensação ou pagamento de serviços ambientais, remunerando produtores rurais que preservam a mata.

 

Questão 2

Leia atentamente as afirmações abaixo.

I- Proteger a Mata Atlântica é importante em razão de sua enorme biodiversidade e porque as regiões onde ela ocorre são densamente povoadas. Sendo assim, os remanescentes da floresta contribuem para a polinização de lavouras e para a garantia de abastecimento hídrico às fazendas e aos grandes centros urbanos.

II- As poucas áreas remanescentes da floresta original encontram-se nos arredores de grandes centros urbanos e no interior de propriedades particulares, algumas das quais possuem donos que já recebem incentivos governamentais para preservar o que ainda resta do bioma original.

III – O desaquecimento da economia, por si só, não explica a redução no desmatamento da Mata Atlântica. Isso porque, nos anos imediatamente anteriores, que correspondem ao auge da recessão, a destruição do bioma foi bem maior do que a do ano passado.

IV- Uma vez que a própria colonização começou em áreas de predomínio da Mata Atlântica, hoje restam menos de 15% da floresta original, sendo que os remanescentes encontram-se em áreas fragmentadas e ameaçadas pelo avanço da ocupação humana.

V- As razões do desmatamento da Mata Atlântica são diversas e variam de acordo com o estado e/ou a região. Em Minas, por exemplo, a destruição do bioma deve-se, sobretudo, ao plantio de eucalipto e à produção de carvão.

VI – A especulação imobiliária e o avanço das áreas de plantio também ameaçam os remanescentes da Mata Atlântica.

Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações verdadeiras.

a) Todas.

b) II, III e VI.

c) I, II, IV e V.

d) I, IV, V e VI.

e) I, IV e VI.


Autor: Professor Eduardo Gramani Hipolide

Neste blog, o Professor Eduardo traz à baila assuntos com alta probabilidade de cair nos ENEM, principais vestibulares e concursos públicos, sendo que, desde 2014, vem esmiuçando as tendências dos principais meios de notícia impressa para trazer, “de mão beijada” as questões de atualidades dos próximos certames, bem como possíveis temas de redação.

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