Por Fábio Matos
Nós, humanos, temos uma variedade de sentidos que usamos para experimentar o mundo ao nosso redor. Mas a percepção pode ser uma coisa complicada. É possível engana-la, imagine que, dois feixes de luz trabalhando juntos podem criar, a partir de um filme, em duas dimensões, a impressão de um objeto em 3D. É assim que que os hologramas do mundo real funcionam, e algumas pessoas sugerem que essa ilusão pode ser estendida para muito além desse estágio de exibição. De fato, alguns cientistas acreditam que, pelo menos teoricamente, que é possível que todo o universo seja um holograma.
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As primeiras pinceladas dessa idéia surgiram nos anos de 1970 quando cientistas debatiam as propriedades de um buraco negro e como a entropia desse objeto poderia ser perdida de acordo com a segunda lei da termodinâmica. Descobriram, afirmou o astrofísico Paul Matt Sutter em uma entrevista com Fraser Cain, que “quando se trata de buracos negros, a informação contida no buraco negro não é proporcional ao seu volume, mas à área de sua superfície.”
Em outras palavras, a informação que entra no buraco negro deve ser direcionada e mantida em seu horizonte de eventos, que é 2D (duas dimensões) – ou seja, temos essencialmente informação em 3D armazenada em um espaço de 2D. Esse campo de pensamento se expandiu nos anos de 1990 quando os físicos descobriram que quando você assume que o universo é um holograma, a gravidade desaparece quando você pode retirar uma das dimensões a partir de qualquer número de dimensões com as quais esteja trabalhando.
PRICIPIO HOLOGRAFICO
O princípio halográfico estabelece que todos objetos podem ser explicados pela informação armazenada em suas superfícies – o espaço ao seu redor está em 3D, mas a sua sombra ou seu reflexo existe em um espaço em 2D. Em outras palavras, uma informação de dimensões superiores está, essencialmente, codificada em um espaço de dimensões menores.
No entanto, a instância mais intensivamente explorada do princípio halográfico funciona apenas sob circunstancias muito especiais – quando o tempo e espaço em 5D curva-se sobre si mesmo, mais ou menos como a superfície de um Pringle. Esse “truque” de curvar o tempo e o espaço, eliminando a gravidade, e trabalhar sob a restrição de que o universo é um holograma, tem tido uma variedade de aplicações práticas. O princípio halográfico, que é uma parte da teoria das cordas, tem ajudado com os avanços nos supercomputadores e a explicar porque as partículas possuem massa.
Raphael Bousso, que trabalha com o princípio halográfico na Universidade de Stanford, declarou que “O mundo não se apresenta para nós como um holograma, mas em termos de informação é necessário de descreve-lo como um holograma.”
Embora não seja literalmente verdade que o universo é um holograma, o potencial para que a informação em 3D seja estocada em duas dimensões foi demonstrada no caso dos buracos negros. O princípio halográfico é apenas “uma ferramenta matemática conveniente pois algumas questões na física são muito difíceis de serem respondidas.”
Fonte: Futurism – Referencias: New Scientist, Scientific American