Por Fábio Matos
A cultura Viking deve ter sido mais progressista do que você possa imaginar. Parece que não havia telhado de vidro para as mulheres conforme mostram os achados arqueológicos, pois estes achados comprovam que as mulheres estavam nos mais altos postos no campo de batalha. Uma das mais conhecidas sepulturas da era Viking, datada de meados do século X, na cidade Viking de Birka na Suécia forneceu evidências suficientes para os arqueólogos chegarem a essa conclusão.
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A sepultura mencionada foi descoberta no século XIX. Ela continha algumas armas e os restos mortais de um guerreiro e dois cavalos. No entanto, o sexo não pôde ser identificado naquela época, mas os despojos do guerreiro pareciam pertencer a uma mulher. Os pesquisadores não imaginavam que existiam guerreiras de alta patente e dessa forma consideraram que se tratava de um homem Viking.
Com o advento da tecnologia moderna os geneticistas e arqueólogos trabalharam juntos para resolver o mistério. O DNA coletado do esqueleto demonstra que o indivíduo possuia dois cromossomos X e nenhum cromossomo Y.
“Essa é a primeira constatação formal de uma gerreira Viking,” disse o Professor Mattias Jakobsson do Departamento de Biologia Organismal da Universidade de Uppsala.
As análises dos Isótopos cofirmam o estilo de vida de um viajante alinhado com sociedade marcial que dominou o Norte da Europa entre os séculos VIII ao X.
“Os pertences indicam que ela era um oficial, alguém cujo trabalho envolvia táticas, estratégias e podia liderar tropas em batalha. Os estudos mostram que não era uma Valkiria das sagas mitológicas, mas uma mulher que veio a se tornar um líder militar da vida real,” afirmou, a responsável pelo estudo, Charlotte Hedenstierna-Jonson da Universidade de Stockholm.
“Fontes escritas mencionam ocasionalmente as guerreiras, dessa forma é a primeira vez que nós encontramos uma fonte arqueológica convincente de sua existência,” disse Neil Price, Professor do Departamento de Arqueologia e História Antiga na Universidade de Uppsala.
Este estudo faz parte do projeto ATLAS, que é um esforço conjunto da Universidade de Stokholm e da Universidade de Uppsala financiadas pelo
Riksbankens Jubileumsfond e Vetenskapsrådet, para investigar a história genética da Escandinávia. A pesquisa também envolve membros do projeto
The Viking Phenomenon de Uppsala, fundado por
Vetenskapsrådet. O estudo foi publicado no American Journal of Physical Anthropology.
Fontes: Uppsala University press release / American Journal of Physical Anthroplogy