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Atualidades XXV (2017) – China, Estados Unidos e Acordo Transpacífico

 (texto 1 – Site Brasil Escola)

http://brasilescola.uol.com.br

Acordo de Associação Transpacífico (TPP) 

O Acordo de Associação Transpacífico estabeleceu uma área de livre-comércio entre doze países da Ásia, Oceania e América. 

O Acordo de Associação Transpacífico (TPP) estabeleceu o livre-comércio entre doze países da Ásia (Japão, Brunei, Malásia, Cingapura e Vietnã), Oceania (Austrália e Nova Zelândia), América do Norte (Estados Unidos, Canadá, e México) e América do Sul (Peru e Chile). O grupo reúne três grandes potências mundiais (Estados Unidos, Japão e Canadá) e países que possuem economias abertas, flexíveis e muito inseridas no comércio mundial, como alguns dos Tigres Asiáticos (Malásia e Cingapura) e países emergentes da América Latina, como o Chile e o México.

Em razão da grande magnitude econômica desse acordo, ele tem sido considerado por muitos governantes e estudiosos como o maior acordo comercial do mundo no século XXI. O TPP pode alterar profundamente o desenvolvimento do comércio mundial, já que mais do que um simples acordo de cooperação comercial, ele objetiva garantir, entre outros itens,

  •  A integração econômica entre os países-membros por meio da eliminação ou redução de tarifas e outras barreiras à circulação de bens, serviços e investimentos;
  •  A criação de regras comuns de propriedade intelectual de produtos e tecnologias que protejam as inovações tecnológicas dos países-membros sem comprometer o desenvolvimento científico de outros países;
  •  A padronização das leis trabalhistas, garantindo, assim, uma elevação dos padrões de trabalho nos países asiáticos para evitar a migração em massa de empresas atraídas por mão de obra barata;
  •  O desenvolvimento de ações ambientais comuns que garantam o desenvolvimento sustentável das economias envolvidas nesse bloco econômico;
  •  O aumento dos investimentos internos do bloco que favoreça o desenvolvimento econômico dos países e aumente a integração econômica entre eles.
  • […]

 

Mapa

 

Questão 1

Sobre o Acordo Transpacífico é ERRADO afirmar:

a) Considerado por muitos como o maior acordo comercial do mundo neste século, ele reúne países da América, da Ásia e da Oceania que apresentam diferentes níveis de desenvolvimento econômico e diferentes graus de inserção no mercado global.

b) Trata-se de uma área de livre comércio que busca a integração econômica entre os países membros e estabelece regras comuns para legislações ambientais e propriedade intelectual.

c) Como os demais acordos comerciais, o TPP promove a precarização do trabalho nos países emergentes, uma vez que incentiva a migração de empresas sediadas em países ricos em direção a países que oferecem grande quantidade de matérias-primas e de mão de obra barata.

d) O acordo prevê o aumento de investimentos dentro do bloco e uma padronização nas regras trabalhistas entre os países membros.

e) Ao contrário de outros blocos econômicos anteriormente criados, o TPP pretende ser mais do que um simples acordo comercial, uma vez que estabelece regras comuns em torno de questões ambientais, trabalhistas e de propriedade intelectual.

 

(texto 2- Folha de São Paulo, 23 de janeiro de 2017)

Por decreto, Trump retira EUA da Parceria Transpacífico 

Cumprindo uma de suas principais promessas de campanha, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto nesta segunda-feira (23) para retirar o país da Parceria Transpacífico (TPP), peça central da estratégia comercial e geopolítica de seu antecessor, Barack Obama.

[…]

Assinado em 2015 por EUA e outros 11 países, o TPP era considerado o maior acordo comercial da história, abrangendo 40% do PIB mundial.

A retirada americana, na prática, inviabiliza o tratado, já que para entrar em vigor o texto precisa ser ratificado por países que representam 85% do PIB total dos signatários.

Como os EUA detêm 60% do PIB dentro do bloco, não há como ratificá-lo sem o seu aval. Shinzo Abe, premiê do Japão —segunda maior economia dentro do TPP— já dissera que o acordo não “teria sentido” sem a entrada efetiva de Washington.

“É uma grande coisa para o trabalhador americano o que acabamos de fazer”, disse Trump, após assinar a ordem retirando os EUA da TPP.

O fim do acordo deve ter como grande beneficiado a China, justamente um dos alvos mais constantes de ataques de Trump, abrindo espaço para que Pequim aumente sua influência na Ásia com iniciativas comerciais como a Parceria Regional Econômica Ampla (RCEP, na sigla em inglês).

O RCEP, em negociação entre a China e outros 15 países, sem a presença americana, é um acordo comercial mais tradicional que o TPP, que estabelece normas em áreas como direitos trabalhistas e proteção ambiental.

Sean Spicer, novo porta-voz da Casa Branca, disse que a retirada do TPP inicia “uma nova era na política comercial”, que priorizará os trabalhadores americanos. A ideia é rejeitar tratados multilaterais e dar preferência a acordos bilaterais, disse.

A oposição ao TPP era, inclusive, um dos poucos pontos de convergência entre Trump e sua rival de campanha, Hillary Clinton.

Inicialmente, apoiava o pacto quando integrava o governo Obama, mas quando candidata passou a repudiá-lo, dizendo que “não atendia aos padrões” que esperava para proteger empregos.

Embora o fim do TPP seja motivo de desgosto para os governos que o negociaram, também deve ser motivo de alívio para muitos dos países signatários, incluindo Peru e Chile, nos quais o tratado nunca foi consenso.

O Chile afirma que continuará a negociar acordos com os outros membros da parceria e os chamou para uma cúpula comercial em março, que terá a participação também de China e Coreia do Sul. Austrália e Nova Zelândia afirmaram que querem participar da negociação do novo acordo com Pequim.

Posição semelhante tem o México, cujo presidente, Enrique Peña Nieto, afirmou nesta segunda que não haverá “confronto nem submissão” diante dos EUA em relação a assuntos comerciais.

Segundo ele, o governo mexicano começará “de imediato” negociações bilaterais com os demais signatários.

Para o Brasil, que não integra o TPP, há expectativa de ganho para o agronegócio.

[…]

Questão 2

Em razão da saída dos Estados Unidos da TPP, podemos afirmar que:

a) a China tirará proveito pois, como membro do acordo e segundo maior PIB do mundo, ela passa a ser a principal potência econômica dentre os 11 países que restaram;

b) como para entrar em vigor o acordo precisa ser ratificado por países que representam 85% do PIB total dos signatários, a saída dos Estados Unidos compromete o TPP, uma vez que a produção anual de riquezas daquele país é maior do que a metade dentro do bloco;

c) o naufrágio do TPP também prejudica os acordos econômicos que a China promove no interior de seu próprio bloco – a Parceria Regional Econômica Ampla (RCEP, na sigla em inglês) – e compromete a hegemonia chinesa no continente asiático;

d) contrariando seu lema de campanha, America First (América Primeiro), a decisão de Trump é vista pelos analistas em geral como prejudicial aos interesses dos trabalhadores norte-americanos e, por isso, conta com a rejeição unânime dos oposicionista nos Estados Unidos;

e) a inviabilização do TPP é encarada de forma negativa por todos países-membros, onde sempre houve consenso a respeito de seu caráter positivo. Além do mais, o possível fim do acordo prejudicará o estabelecimento de acordos bilaterais e promoverá o absoluto isolamento econômico das nações em âmbito internacional.

 

(texto 3 – Folha de são Paulo, 13 de julho de 2017)

Pesquisa aponta declínio dos EUA e ascensão da China como líder global 

A percepção do papel de liderança econômica global da China frente aos Estados Unidos cresceu do último ano para cá, aponta levantamento do Centro de Pesquisa Pew conduzido em 38 países.

A mudança foi mais sentida na Europa. A China tomou o lugar dos EUA em 7 de 10 países da União Europeia ao ser apontada pelos entrevistados dessas nações como a líder da economia mundial.

Na média global, os americanos ainda são mais citados do que os chineses como líderes econômicos: 42% a 32%. Na média de cinco países europeus ouvidos na pesquisa —Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Polônia—, a China é vista como líder por 46% ante 34% para os Estados Unidos.

O declínio americano também foi registrado na América Latina. Apesar de ainda aparecer à frente de Pequim na pesquisa, Washington perdeu terreno como líder global na visão dos brasileiros, mexicanos, chilenos, venezuelanos e argentinos.

Apesar de ter registrado leve queda, a percepção favorável da China no mundo agora está próxima da dos EUA. A diferença de 14 pontos percentuais a favor dos americanos, observada nas pesquisas de 2014 a 2016, caiu para apenas dois pontos.

A mudança na imagem internacional de Pequim coincide com a piora da visão que o mundo tem de Washington depois da posse de Donald Trump como presidente.

Em pesquisa publicada em junho, o Pew mostrou que 49% das populações dos países do estudo gostavam dos EUA. Em 2016, no final da presidência de Barack Obama, esse índice era de 64%.

A China vem aproveitando a turbulência interna ocasionada pelo governo Trump para conquistar uma posição mais proeminente na comunidade internacional.

Em junho, quando o presidente americano anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima, Xi Jinping se uniu ao coro de líderes ocidentais que criticaram a decisão de Trump.

O líder chinês, que em maio lançou um ambicioso projeto de investimentos em infraestrutura da ordem de 100 bilhões de dólares em mais de 60 países, deve usar a melhora na imagem chinesa no exterior para se fortalecer no comando do regime.

No segundo semestre deste ano, Xi deve ser reconduzido ao segundo mandato de cinco anos à frente da China e supervisionará a renovação de até dois terços dos quadros do Partido Comunista Chinês.

 

LÍDERES 

Algo que une EUA e China é a má avaliação da capacidade de seus respectivos presidentes de lidar com assuntos globais. Na média dos 38 países, 53% não têm confiança em Xi Jinping. A situação para Donald Trump é ainda pior, pois 74% dos ouvidos afirmaram desconfiar da atuação do americano.

 

Gráficos

Questão 3

De acordo com os dados mencionados acima (tanto na reportagem quanto nos gráficos) e as análises dos especialistas supracitados, é correto afirmar.

a) A China supera os Estados Unidos como líder mundial na percepção dos entrevistados.

b) A diminuição da percepção positiva em relação aos Estados Unidos deve-se, em parte, ao caráter unilateral das políticas internacionais adotadas pelo governo de Trump.

c) A ascensão da percepção mundial em relação à liderança da China deve-se exclusivamente ao caráter imperialista da economia daquele país e nada tem a ver com sua diplomacia, uma vez que o governo de Xi Jinping é incapaz de tirar proveito das insatisfações internacionais no que se refere à gestão de Trump.

d) A pesquisa mencionada na reportagem mostra que a percepção segundo a qual os Estados Unidos são líderes predominou em âmbito mundial, principalmente nos países europeus, onde, no geral, a posição da China manteve-se em segundo lugar.

e) Na América Latina, a percepção de que os Estados Unidos são a principal liderança mundial aumentou em relação ao ano anterior; no entanto, na região, a China continua sendo a mais citada pelos entrevistados.

 

(texto 4 – folha de são Paulo, 18 de outubro de 2017)

Congresso do Partido Comunista deve firmar liderança de Xi Jinping na China 

http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/2017/10/18/2/

O 19º Congresso do Partido Comunista da China (PCC), que começa nesta quarta (18), em Pequim, deve ver a consolidação do poder do presidente do país, Xi Jinping, na chefia da segunda maior potência econômica do planeta.

Pequim recebe quase 2.300 delegados para o encontro, que acontece a cada cinco anos no Grande Salão do Povo, na praça Tiananmen (da Paz Celestial). O PCC é o maior partido do mundo, com 89 milhões de membros.

[…]

Em entrevista na terça-feira (17), o porta-voz do partido, Tuo Zhen, afirmou que os próximos cinco anos devem ver uma expansão do acesso ao mercado chinês, além de uma nova estratégia de desenvolvimento.

Não há dúvida de que Xi Jinping, 64, que chegou ao poder em 2012, vá obter um novo mandato para liderar o partido, mas o mundo estará atento às nomeações para o gabinete político.

“O congresso do partido nos revelará a exata magnitude do poder de Xi”, afirma a sinóloga Carly Ramsey, da consultoria britânica Control Risks, em Xangai.

Líder do partido, chefe de Estado, comandante em chefe do Exército, objeto de culto à personalidade, onipresente na imprensa, Xi acumula hoje mais poder que seus dois antecessores, Jiang Zemin e Hu Jintao.

O status gera comparações com Mao Tsé-tung, fundador do regime em 1949, e Deng Xiaoping, cujas reformas iniciadas no fim dos anos 1970 transformaram a China em grande potência.

“Para resumir, pode-se dizer que houve três épocas: a primeira, quando Mao estava no poder, a segunda, de Deng Xiaoping. O 19º congresso é, de certa maneira, o advento da era Xi Jinping”, diz o cientista político Chen Daoyin.

O homem forte da China usou os seus primeiros cinco anos no poder para travar uma batalha contra a corrupção , no âmbito da qual 1,3 milhão de pessoas foram punidas, segundo uma avaliação oficial.

No entanto, seus críticos acusam-no de aproveitar a campanha para se livrar de seus opositores internos.

O regime não fez nenhuma concessão à sociedade civil, com a detenção de advogados e dissidentes, além de ter rejeitado os pedidos de clemência ao opositor Liu Xiaobo , Prêmio Nobel da Paz que morreu em julho , após passar oito anos na prisão. Xiaobo foi proibido de deixar o país para se tratar, apesar dos pedidos do Ocidente.

 

“FADIGA DE PROMESSAS” 

No exterior, Xi aumentou o orçamento militar e reivindicou a soberania de seu país sobre quase todo o mar do Sul da China, apesar de uma arbitragem internacional que rejeitou tais pretensões.

Analistas e executivos estrangeiros são céticos quanto às promessas do partido.

“Não vejo nenhuma abertura de mercado. Tudo é disciplina e controle”, disse à Reuters um executivo americano baseado na China.

“Não vamos acelerar reformas. O ritmo não vai mudar dramaticamente”, disse um conselheiro do governo.

Para a Câmara de Comércio da União Europeia, empresas estrangeiras estão sofrendo uma certa “fadiga de promessas” chinesas.

“Nos últimos 20 ou 30 anos, era o desenvolvimento econômico a qualquer custo, e agora vemos um novo paradigma em que a segurança nacional é dominante, e temas econômicos são vistos por essas lentes”, disse Jude Blanchette, do Centro Chinês para Economia e Negócios, em Pequim.

Questão 4

Relacione as informações da reportagem acima (texto 4) com aquelas da reportagem anterior (texto 3) e assinale a alternativa ERRADA.

a) A recondução de Xi Jinping ao governo da China para os próximos cinco anos deve representar uma expansão do acesso ao mercado daquele país e uma maior influência mundial, uma vez que o líder chinês pretende investir cerca de US$ 100 bilhões em mais de 60 países.

b) Não obstante a ascensão econômica da China e sua maior influência em âmbito internacional, o regime não promoveu mudanças significativas em sua estrutura de poder e no controle sobre a sociedade civil.

c) O governo de Xi Jinping aumentou o poder militar da China. Além do mais, analistas internacionais apontam para uma aversão do governo chinês em relação a políticas liberais de abertura econômica. Tudo isso, em parte, contribui para a visão negativa, identificada na pesquisa do instituto Pew, em relação ao líder daquele país.

d) A percepção internacional em relação à liderança da China em âmbito mundial em parte tem a ver com o papel proeminente que aquele país vem conquistando ao longo do governo de Xi Jinping.

e) A percepção mundial de que a China é mais importante do que os Estados Unidos deve-se ao fato de que aquele país tornou-se a principal economia mundial, ultrapassando significativamente o PIB norte-americano.

 

 

 

 

 

 

 

 

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