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Atualidades XLI (2018) – Coberturas vacinais e mortalidade infantil

 (texto 1 – Folha de São Paulo, 19 de junho de 2018) 

Vacinação de crianças no país atinge índice mais baixo em 16 anos 

Meta é imunizar 95%, mas cobertura variou entre 71% e 84%

 

Em meio ao alerta sobre o risco de retorno de doenças quase esquecidas, os índices de coberturas vacinais de bebês e crianças tiveram nova queda em 2017 e já atingem o nível mais baixo do país em ao menos 16 anos.

Pela primeira vez no período, todas as vacinas indicadas a menores de um ano ficaram abaixo da meta do Ministério da Saúde, que prevê imunização de 95% deste público. A maioria tem agora índices entre 70,7% e 83,9% —a exceção é a BCG*, ofertada nas maternidades, com 91,4%.


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Os dados são do PNI (Programa Nacional de Imunizações), estratégia reconhecida internacionalmente pelo sucesso no controle de doenças no país. […]

Entre as vacinas com redução na cobertura estão aquelas que protegem contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, varicela, rotavírus e meningite.

“São os menores níveis já registrados”, disse à Folha a coordenadora do programa, Carla Domingues. A pasta [Ministério da Saúde] informou dados desde 2002. “A partir de 2015, vimos uma estabilidade e uma pequena redução. Mas em 2017 tivemos uma queda ainda mais forte.”

Para especialistas, a situação preocupa diante do risco de retorno de doenças erradicadas há décadas.

“Ter 70% de cobertura significa ter 30% de suscetíveis. E aí a chance de as doenças voltarem é muito grande”, afirma a presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabela Ballalai.

É o caso do sarampo. Desde 2002, a taxa de cobertura da vacina tríplice viral**, indicada para menores de um ano, ficava próxima a 100%. Nos últimos dois anos, caiu para 95,4% e, agora, para 83,9%.

No mesmo período, a cobertura da vacina tetra viral***, indicada a partir de 15 meses, passou de 79% para 70,7%.

Enquanto a vacinação cai no país, volta a crescer o número de casos da doença. […]

“Essas falhas ano a ano foram criando um bolsão de suscetíveis. Só não foi pior porque fizemos uma campanha em 2015”, afirma Campos.

“Com sarampo vemos que basta diminuir um pouco a cobertura vacinal, como ocorreu na Venezuela, que temos uma reintrodução da doença”, diz Domingues, do PNI. Ela lembra que, em 2016, o Brasil recebeu da Opas (Organização Pan-americana de Saúde) um certificado de eliminação do sarampo. Agora, o país corre o risco de perdê-lo se a transmissão não for interrompida.

[…]

Na última semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou um comunicado aos médicos para que fiquem atentos às coberturas vacinais contra a pólio.

Em 2002, a vacina ofertada para menores de um ano contra pólio registrava coberturas superiores a 96%. Agora, atinge 77%. Em alguns estados, como São Paulo, o índice é ainda menor —68,5%.

Diante dos dados, o governo já avalia estratégias como aumento nos horários de funcionamento dos postos de saúde e parceria com as escolas.

Segundo a coordenadora do PNI, a falta de tempo e os horários limitados dos postos de saúde, com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, estão entre os fatores alegados em campanhas para o atraso na vacinação.

Outro é a falsa sensação de segurança dos pais. “As pessoas acham que seu filho está bem nutrido, que vai para escolas em bairros com condição adequada de saneamento e boa alimentação e por isso não vai pegar doenças. Mas esquece que viajam, vão para outro país, shoppings, parques e pode ter alguém doente.”

Em 2007, uma pesquisa apontava essa postura como mais frequente entre pais de classes econômicas mais altas.

Agora, teme-se a expansão desse comportamento para outros grupos. “Há um relaxamento da população e dos próprios profissionais de saúde”, afirma Ballalai, da Sbim.

Para ela, a queda nas ações de busca ativa por não vacinados e frequentes casos de desabastecimento de vacinas nos últimos anos podem ser apontados como entraves.

“Tivemos falta de BCG, por exemplo, que é aplicada na maternidade. Uma vez que sai de lá sem vacina, é mais difícil ir ao posto de saúde. E se vai no posto e não tem, acaba não voltando”, completa.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que mantém a distribuição de vacinas e trabalha na regularização dos estoques em casos de faltas pontuais.

Já Luciana Rodrigues, da Sociedade Brasileira de Pediatria, atribui a queda nas coberturas a movimentos contrários à vacina e ao avanço de informações falsas nas redes sociais. “É um movimento inadequado e fantasioso, mas às vezes algumas famílias entram nessa conversa.”

O ministério diz que dados iniciais não apontam tais fatores como predominantes —mas que é preciso combatê-los.

 

* A BCG é uma vacina indicada para prevenção da tuberculose e é normalmente administrada logo após o nascimento. Essa vacina não impede a infecção nem o desenvolvimento da doença, mas impede as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa 

**A vacina Tríplice Viral protege o corpo contra 3 doença virais: o sarampo, caxumba e rubéola, que são doenças altamente contagiosas e surgem preferencialmente em crianças. 

***A vacina Tetra Viral é uma atualização da vacina tríplice viral e consiste na combinação de vírus vivos atenuados contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a catapora. Todos os quatro componentes desta vacina obrigatória são altamente imunogênicos e eficazes, dando imunidade duradoura por praticamente toda a vida. 

 

Questão 1 

De acordo com as informações do texto acima, analise as afirmações abaixo.

I- A meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde para bebês menores de um ano é de 95%. No ano passado, todas as vacinas destinadas a essa faixa etária ficaram aquém dessa meta.

II- Não obstante a redução na cobertura vacinal, especialistas afirmam que o risco de retorno de doenças já erradicadas é desprezível. Isso porque, apesar do recuo nas

imunizações, as condições de vida melhoraram e a população é mais saudável do que era anteriormente.

III- Dentre as vacinas destinadas a bebês, aquela cuja cobertura em relação à meta apresentou o índice mais baixo, no ano passado, foi a BCG (indicada para a prevenção de tuberculose).

IV- No Brasil, o índice de cobertura vacinal mais baixo registrado no ano passado foi da Tetra Viral – oferecida a bebês com 1 ano e três meses ou mais.

V- Nos últimos anos, a redução da cobertura vacinal contra a pólio foi de cerca de 20%. No entanto, o estado de São Paulo conseguiu cumprir a meta de vacinação contra tal doença no ano passado.

VI- A reintrodução do sarampo na Venezuela mostra que, em tal doença, a redução na cobertura vacinal é preocupante e deve ser revertida.

VII- Segundo o Ministério da Saúde, as notícias falsas em relação às vacinas, veiculadas sobretudo nas redes sociais, são o principal fator responsável pela redução na cobertura vacinal.

VIII- A erradicação de doenças como sarampo, pólio, rubéola e caxumba gerou uma falsa sensação de segurança nos pais. Tal sensação, por sua vez, contribuiu para a redução na cobertura vacinal.

IX- A falta de tempo dos responsáveis (em razão de suas jornadas de trabalho) e a restrição de horários no atendimento em postos de saúde são fatores apontados como possíveis responsáveis pela diminuição na cobertura vacinal.

X- Para voltar a alcançar as metas de cobertura vacinal no Brasil, o governo avalia a possibilidade de aumentar o horário de atendimento nos postos de saúde e estabelecer parcerias com escolas.

São corretas apenas as afirmações:

a) I, IV, VI, VIII, IX e X.

b) I, II, IV, VII e VIII.

c) III, V, VI, IX e X.

d) I, IV, V e IX.

e) Todas.

 

 

(Texto 2 – Veja, 20 de julho de 2018) 

Alerta vermelho 

Inédito aumento da mortalidade infantil no Brasil expõe um país vergado pela crise, enredado em doenças do passado e sob risco de apagar avanços históricos

 

De todas as estatísticas que dão feição a um país e apontam seu lugar no futuro, a mais reveladora é a taxa de mortalidade infantil, expressão técnica e fria para descrever a tragédia das crianças que morrem antes de completar 1 ano. Quanto mais o ponteiro desse marcador recua, mais significa que um país avançou. Quando ele sobe, porém, expõe o exato oposto: a realidade de uma nação que falhou no dever mais básico, o de garantir o direito à vida, e que está andando para trás. O Brasil, lamentavelmente, passou a se encaixar no segundo caso. A taxa de mortalidade

infantil, que só caía desde que começou a ser medida ano a ano, em 1990, mudou de direção no cálculo mais recente, de 2016: subiu 5% — de 13,3 para 14 em cada 1 000 nascidos vivos.

Parece pouco. Mas esse soluço do índice, combinado com a estagnação prevalente nos últimos anos, acende um alarmante sinal vermelho na acidentada trajetória brasileira rumo ao mundo desenvolvido. “Os dados são reflexo da piora na condição de vida das pessoas, causada pela crise econômica, a falta de emprego e a retração nos investimentos em políticas sociais”, diz Fátima Marinho, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde. “O Brasil teve o mérito de reduzir muito a mortalidade infantil, sobretudo nas áreas de maior incidência — um trabalho de décadas que pode ser destruído rapidamente.”

VEJA visitou Aquiraz, no Ceará, o município com a mais alta taxa de mortalidade infantil do país — 24,9 para cada 1 000 nascidos —, segundo levantamento do Instituto IDados. […]

A Secretaria da Saúde de Aquiraz associa o desonroso primeiro lugar da cidade em mortalidade infantil à grande incidência de óbitos por microcefalia provocada pelo vírus da zika. […]

Se a justificativa do zika vírus é controversa, há absoluto consenso em relação à outra causa citada pelo Ministério da Saúde para a alta da mortalidade: a crise econômica profunda e persistente, que derreteu recursos, implodiu programas sociais, aumentou a pobreza e a desnutrição e agravou a já precária estrutura de serviços básicos. […] A taxa de desnutrição crônica no Brasil no ano passado, segundo a Fundação Abrinq, foi de 13,1% entre crianças de até 5 anos, um aumento em relação aos 12,6% de 2016. “Desnutrição e mortalidade infantil andam de mãos dadas, porque a criança malnutrida é mais vulnerável”, explica o médico sanitarista Nelson Neumann, coordenador internacional da Pastoral da Criança no Brasil. Adultos desnutridos também afetam o desenvolvimento dos filhos. “A má nutrição da mãe pode resultar em crianças menos saudáveis pela vida inteira.”

A ocorrência de baques econômicos em um país desenvolvido não influi em sua taxa de mortalidade infantil porque o sistema de saúde funciona bem e não se desfaz com um sopro. Já em países como o Brasil, com um SUS precário e claudicante, qualquer vento adverso transforma dificuldade em tragédia. Pesquisa do Datafolha mostra que 55% dos brasileiros consideram o sistema ruim ou péssimo e sete em cada dez relataram dificuldade em marcar consulta com especialistas. Com recursos mutilados, a saúde pública perdeu 24 000 leitos de internação entre 2010 e 2015. Enquanto a falta de dinheiro desmonta o SUS, a demanda, impulsionada pela mesma economia fraca, vai aumentando. “Milhares de pessoas saíram dos planos particulares e estão usando a saúde pública”, aponta o pesquisador Davide Rasella. Iniciativas do governo para frear a mortalidade na infância estão desmoronando junto com o SUS. O Programa Saúde da Família, que faz atendimento de base, perdeu 1,5 bilhão de reais entre 2015 e 2016. A verba do Rede Cegonha, que orienta mulheres durante a gestação, encolheu 18%.

Os problemas econômicos também alimentam uma escalada da violência inédita — a ponto de ocorrências como homicídios infantis e balas perdidas se tornarem a causa de mortalidade infantil por fatores externos que mais cresce. Essas mortes por violência são contabilizadas no SUS no mesmo pacote de acidentes de

carros e quedas, mas foi principalmente devido a elas que o item apareceu como a quarta maior causa de óbitos de crianças de até 5 anos. […]

Em paralelo, e estremecendo ainda mais as projeções para o futuro, a vacinação tanto de adultos quanto de crianças, que já rendeu prêmios ao Brasil pela abrangência, está perdendo vigor. A cobertura em crianças de até 1 ano bateu no menor nível desde 2000. A Tetra Viral, que previne contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, foi aplicada em 90% das crianças em 2014. Em 2016, o índice foi de apenas 70%. Uma em cada quatro cidades registra números abaixo da meta do Ministério da Saúde. “A população perdeu o medo de doenças consideradas erradicadas e relaxou”, diz Isabela Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações. As restrições de horário nos postos por falta de dinheiro também contribuíram para emperrar a engrenagem.

 

As causas diretas da morte de crianças no Brasil são conhecidas e, em sua maioria, evitáveis. Uma das mais vergonhosas, pela capacidade de escancarar o subdesenvolvimento nacional, é a diarreia — o número de óbitos em razão de complicações decorrentes da doença aumentou 12%. “A diarreia, bem como as enfermidades parasitárias, está ligada à falta de condições básicas de higiene”, explica o infectologista Migowski. Mas, se a pobreza mata, a ausência de prevenção apressa o processo. “Historicamente, investimos 20% em prevenção e 80% na solução de problemas que poderiam ter sido evitados”, destaca. Dados do Trata Brasil, organização que acompanha as condições sanitárias do país, mostram que 48% da população não dispõe de coleta de esgoto — ainda que estudos comprovem que, a cada 1 real investido em saneamento, 4 reais deixam de ser gastos em saúde. Se a coleta fosse universal, haveria redução de 75 000 internações por ano em decorrência de infecções gastrointestinais. […]

De 2015 para 2016, o SUS registrou 154 casos a mais de crianças que perderam a vida por culpa de doenças respiratórias perfeitamente tratáveis, como pneumonia. “Sem dinheiro em caixa, os estados substituíram pediatras por médicos generalistas, o que prejudicou o diagnóstico e o tratamento”, diz o neonatologista José Maria Lopes, da Sociedade Brasileira de Pediatria. […]

A maior vilã da lista, de longe, são as doenças adquiridas no chamado período perinatal, entre a 22ª semana de gestação e o sétimo dia de vida do bebê. A esse grupo de males que podem começar ainda dentro da barriga da mãe se atribui praticamente metade dos óbitos de crianças de até 5 anos. […]

Um estudo da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, mostra que, em 1982, 5,8% dos nascimentos eram prematuros – que possuem menos defesas. Em 2015, mais do que duplicaram, para 13,8%. A prematuridade permeia todos os grupos sociais. Entre as mulheres com mais recursos, o bebê nasce antes do tempo por causa, em grande parte, da opção preferencial pela cesariana — e ele pode não estar pronto. Já no grupo das mulheres pobres, é a gravidez sem acompanhamento médico que anda antecipando os partos. “Quando uma mulher pobre dá à luz um prematuro, é quase certo que algo não foi contemplado no pré-natal”, afirma a médica Albertina Duarte. E prevenção, na gravidez, é o caminho mais seguro para seu bom termo.

Quanto mais a mulher estuda, mais consciente ela é dos cuidados e das providências que precisa tomar para que a gravidez corra bem e o bebê sobreviva. Essa relação se esgarça quanto mais a pobreza prevalece e se rompe de vez quando a grávida é, ela mesma, uma criança — 18% dos partos são de meninas de 10 a 17 anos. “Quanto mais baixa a idade da mãe, mais ela demora a procurar um médico, e isso

aumenta as possibilidades de complicações com o bebê”, diz a demógrafa Suzana Cavenaghi.

[…]

Reverter esse cenário passa inexoravelmente pela recuperação de um país que atravessa a pior crise da sua história. Em 2016, o Brasil completou dois anos seguidos de queda do PIB pela primeira vez desde 1948. […] Com isso, a pobreza extrema avançou 11,2% no país, atingindo quase 15 milhões de pessoas em 2017, segundo levantamento da LCA Consultores.

O recuo, claro, agrava a desigualdade social, uma praga que entrava o desenvolvimento e afeta diretamente o indicador mais sensível da saúde do país. “A desigualdade é um freio de mão para o combate à mortalidade infantil”, afirma o demógrafo José Eustáquio. A mesma desproporção na distribuição da renda empurra o Brasil para a quinta maior taxa de mortalidade infantil no ranking da OCDE, em que perde apenas para Colômbia, Indonésia, África do Sul e Índia, a campeã.

Isso não quer dizer que o combate à mortalidade infantil não tenha dado certo no Brasil. Pelo contrário, sua taxa de sucesso é uma das maiores do mundo. Em 1970, o índice era de 115 mortes por 1 000 nascidos vivos. Duas iniciativas tomadas nos anos seguintes seriam definitivas para derrubar esse vexame. A primeira, dos anos 1980, introduziu em escala nacional o uso de soro caseiro para combater a desidratação provocada por doenças como diarreia, campanha encabeçada pela Pastoral da Criança. A segunda virada promoveu a imunização em massa e teve seu momento de glória em 1989, quando se registrou o último caso de poliomielite no país. Em consequência das duas iniciativas, no início dos anos 1990 a mortalidade infantil havia caído pela metade, para uma taxa de 47,1 por 1 000 nascidos. E continuou diminuindo. Até parar de descer e, agora, subir — para a vergonha de todos e tristeza geral da nação.

 

Questão 2 

Com base no texto acima (texto 2), analise as afirmações abaixo.

I- A reportagem acima aponta para o risco de retrocesso nas políticas públicas de contenção da mortalidade infantil no Brasil.

II- O aumento nos índices de mortalidade infantil deve-se principalmente ao surto de zika vírus e nada tem a ver com a situação econômica em que o Brasil se encontra.

III- A desnutrição de adultos e crianças contribui para o aumento de casos de mortalidade infantil.

IV- A crise econômica na qual o Brasil se encontra, além de promover a redução de recursos destinados a políticas sociais, vem aumentando a demanda por serviços públicos de saúde – uma vez que muitas pessoas foram obrigadas a abandonar seus convênios médicos, aumentando a demanda de serviços oferecidos pelo SUS.

V- Contrariando diagnósticos alarmistas de políticos populistas, a reportagem acima deixa evidente que não existe nenhuma relação entre problemas na segurança pública e aumento da mortalidade infantil.

VI- A reportagem acima aponta para a necessidade de aumentar os investimentos na prevenção de doenças (melhorando, por exemplo, as condições de saneamento básico) no intuito de conter a mortalidade infantil e reduzir os gastos com tratamentos na rede pública de saúde.

VII- A prevenção no período de gravidez e a contenção da prematuridade são medidas que favorecem a redução da mortalidade infantil.

VIII- O aumento da prevenção pré-natal é inversamente proporcional à idade. Ou seja, quanto mais idade a gestante possui, menor seus cuidados em relação ao feto.

IX- A reportagem acima vincula o problema da desigualdade com o da mortalidade infantil, mas não deixa de reconhecer os méritos que o País conquistou, nas últimas décadas, no combate às doenças e à mortalidade infantil.

X- A situação de descalabro no campo da cobertura vacinal e da mortalidade infantil se deve ao total descaso dos últimos governos, que nada fizeram para erradicar as doenças que acometem as crianças e ignoraram as políticas públicas em favor das imunizações.

São erradas apenas as afirmações:

a) I, II, IV, V e X.

b) II, V, VIII e X.

c) II, III, IV, VI e VII.

d) I, III, VI, IX e X.

e) III, IV, VII e VIII.


Autor: Professor Eduardo Gramani Hipolide

Neste blog, o Professor Eduardo traz à baila assuntos com alta probabilidade de cair nos ENEM, principais vestibulares e concursos públicos, sendo que, desde 2014, vem esmiuçando as tendências dos principais meios de notícia impressa para trazer, “de mão beijada” as questões de atualidades dos próximos certames, bem como possíveis temas de redação.

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