O principal objetivo da Coreia do Norte é a sobrevivência – e uma guerra com os Estados Unidos poderia comprometer isso, qualquer ataque norte-coreano contra os EUA ou seus aliados no contexto atual poderia rapidamente evoluir para uma guerra maior – e é preciso assumir que o regime de Kim Jong-Un não é suicida.
Aliás, é por isso que a Coreia do Norte tem se empenhado tanto em se tornar uma potência nuclear. Pyongyang parece acreditar que ter essa, capacidade protegeria o regime .
Os Estados Unidos sabem que um ataque à Coreia do Norte poderia forçar o regime, a retaliar atacando Coreia do Sul e Japão, aliados dos EUA.
Além disso, Washington não quer correr o risco de que sejam lançados mísseis contra cidades americanas.
Por fim, a China – o único aliado de Pyongyang – ajudou a manter o regime precisamente porque seu colapso poderia ser pior para ela estrategicamente. Tropas americanas e sul-coreanas a um passo da fronteira chinesa formariam um cenário que Pequim certamente prefere evitar – e é isso o que aconteceria em caso de guerra.
Depois dos dois testes de mísseis intercontinentais da Coreia do Norte em julho, os Estados Unidos tentaram uma tática diferente – pressionar Pyongyang através de sanções do Conselho de Segurança da ONU.
E seus diplomatas têm mostrado otimismo sobre um eventual retorno à mesa de negociações, apontando para o apoio de China e Rússia.
Apesar de já existirem sanções contra a Coreia do Norte, elas não são colocadas em prática ou monitoradas de forma devida. Um estudo recente da ONU analisou fragmentos de um teste de míssil norte-coreano e mostrou que os componentes eletrônicos vinham de empresas chinesas ou foram conseguidos através da China.
As sanções existentes poderiam ser endurecidas e que, principalmente no lado financeiro, poderiam dificultar as coisas para Pyongyang.
O problema é que sanções mais abrangentes podem afetar a população, que há décadas enfrenta ciclos de fome.
O objetivo da política americana vinha sendo a redução do programa nuclear norte-coreano, mas isso se provou impossível – e a ênfase agora parece ser em evitar um aumento desse poderio.
Não há sinais de que a Coreia do Norte tenha qualquer desejo de abrir mão de suas armas nucleares, muito pelo contrário. O país acredita que esta é a razão mais importante pela qual ele ainda não foi varrido do mapa.
A China parece disposta a encontrar uma solução diplomática para o problema e há alternativas que poderiam ser exploradas – por exemplo, uma limitação do programa nuclear da Coreia do Norte em troca de várias concessões.
Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades militares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance da artilharia de Pyongyang.
As forças que os EUA enviaram até agora para a região – um grupo tático em um porta-aviões e um submarino equipado com mísseis de cruzeiro – manda uma mensagem, mas ainda não é o suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato.
A opinião dos estudantes sobre a crise EUA x CDN
Em um debate realizado, entre os alunos das faculdades de Economia, Relações Internacionais, e Psicologia, no dia 12 de setembro de 2017, sobre a tensão Estados Unidos e Coreia do Norte. Pode-se analisar os pontos de vista a seguir de acordo com a área de estudo.
De acordo com o olhar dos alunos de economia, a tensão fez com que os principais mercados financeiros (de ações) do país caíssem, o índice do dólar, que mede o valor da moeda americana com relação a um grupo de seis moedas, caiu 0,1%. A insegurança perante as ameaças também fez com que diversos investidores buscassem os chamados “refúgios”, como o franco suíço e metais preciosos, como o ouro, que tiveram um aumento no mesmo dia.
Com essas mudanças no mercado norte-americano preocupações a respeito de um possível impacto na economia mundial também surgiram, o que poderia afetar a economia brasileira, pois mudanças no valor do dólar, por exemplo, seriam capazes , por exemplo, de afetar as importações e exportações do país.
De acordo com os alunos de relações internacionais , o Brasil seguiria a tradição da política interna (diplomática) de usar organismos multilaterais, como a ONU, para recorrer a maneiras de não se usar a força e de se buscar uma cooperação entre os dois países.
Segundo ouviram, na década de 50, quando estava ocorrendo a guerra das Coreias, os EUA pediram tropas brasileiras para ajudarem e o Brasil recuou, pois isso “não condizia com a ideologia do país” e para ele, hoje, o Brasil seguiria com a mesma postura caso ocorresse o mesmo.
Os alunos de psicologia acreditam que o Brasil seguiria com a mesma postura, pois o país está em um momento de fragilidade. A gente não tem qualquer tipo de relação com essa tensão e nossas preocupações são mais internas”.
Em relação ao risco do Brasil ser um possível inimigo e alvo da Coreia do Norte, a chance seria pequena.
“O Brasil não tem relações profundas com a Coreia do Norte, mas também não possui problemas diplomáticos e inclusive possuí uma embaixada em Pyongyang.”
“O que a gente vê na verdade é uma radicalização que aumentou a relevância da ameaça nuclear, algo que a nossa geração (gerações mais novas) não imaginavam”.
Autora: Gizele Paiva Sampaio
Diretora, Coordenadora Pedagógica, Proprietária de Escola de Educação Infantil por mais de 10 anos e Professora Universitária.
Trabalha com o desenvolvimento de projetos na educação infantil relacionados a Contação de História, Artes e Ciências.
Tem por atribuições dar orientação pedagógica ao pais e professoras.
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